
Os jesuítas viram-se numa situação delicada: se apoiassem os indígenas seriam considerados rebeldes; se não os apoiassem perderiam a confiança deles. Uns permaneceram ao lado da coroa, mas outros, como o Padre Lourenço Balda, da Missão de São Miguel, apoiaram os nativos, organizando a resistência desses índios à ocupação de suas terras e à escravização.
Os indígenas missioneiros opuseram-se à decisão do Tratado de Madri por não se considerarem bens permutáveis à disposição dos caprichos de monarcas europeus e por acreditarem que as terras lhes haviam sido reservadas por Deus, por intermédio de São Miguel Arcanjo. Contrários às idéias da comissão deram início à luta por ação armada. Em janeiro de 1756, 1700 espanhóis e 1600 portugueses, rebocando 10 canhões, invadiram as Missões. Na Batalha de Caiboaté, momento culminante dessa guerra, centenas de missioneiros foram massacrados, poucas baixas se registrando nos exércitos invasores. Foi-lhes fácil derrotar a desorganizada armada guarani, mobilizados em torno de seu herói o índio Sepé. Sepé - Tiaraju foi um índio guarani de São Miguel das missões, que organizou guerrilhas para impedir o avanço dos exércitos português e espanhol na denominada Guerra Guaranítica, nos anos 1754-1756.
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