sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

TROCANDO DE PONTA


Disputa entre cavalo e ginete



Quando me salta um floreio
De milonga pela boca
Me dá uma vontade louca
De atorá a guitarra ao meio
Sou um homem dos arreios
Conheço parada feia
Pois trago dentro das veias
Minha estampa palanqueada
E esta cantiga aporreada
Pra o índio que gineteia

Mercedes Sosa - Gracias A La Vida

Pirisca Grecco y La Comparsa Eletrica com MUCHAS GRACIAS

Muchas Gracias, Deus do Céu...
Me agrada ser desta terra.

"Quando chegar de a cavalo
um gaúcho em sua porteira,
mesperem de mate pronto,
sou eu, de alma fronteira
Quando apear no seu rancho
de alma grande, lhes garanto,
não precisa nem dois mates
para entenderem o meu canto!

LETRA Chiquito e Bordoneio - Enforquilhado

Coisa bem feia,
É ver um potro corcoveando,
Se boleando sobre a areia,
Pra apertar quem vem montando.
Venho no mundo enforquilhado
E quero seguir gineteando,
Enquanto existir aporreados,
Só quero Deus me amadrinhando.

Sou um ginete enforquilhado
e peço a Deus a proteção,
No tombo de um aporreados,
Só mango e crina nas mãos.
Cuidado o primeiro pulo,
ajuda mais o peão,
Depois deixe que berre,
Escondendo a cara nas mãos.

Na hora em que me enforquilho,
Sinal da cruz eu não me esqueço.
Quem não respeita os cavalos,
A vida cobra seu preço.
Nem tudo sempre se ganha,
A sorte também leva tombo.
Se os cavalos soubessem sua força,
Ninguém parava em seu lombo.
Se os cavalos soubessem sua força,
Ninguém parava em seu lombo.

Oigalê coisa bem feia,
é ver um potro corcoveando,
Se boleando sobre a areia,
pra apertar quem vem montando.
Venho no mundo enforquilhado,
E quero seguir gineteando.
No lombo dos aporreados,
só quero Deus me amadrinhando.
Enquanto existir aporreados,
Só quero Deus me amadrinhando.

Sou um ginete enforquilhado
e peço a Deus a proteção,
No tombo de um alforriado,
Só mango e crina nas mãos.
Cuidado o primeiro pulo,
ajuda mais o peão,
Depois deixe que berre,
Escondendo a cara nas mãos.

Mas sei que vou me afastar,
Do lombo e da gineteadas.
Um par de espora prateada,
Registra uma história sem fim.
Trago no sangue a bravura
e a paixão pelos alforriados,
Só quero ensinar o que eu sei,
pra quem vem depois de mim.
Só quero ensinar o que eu sei,
pra quem vem depois de mim.

Nas gineteadas da vida,
Parceiro se faz campo a fora.
Mas no lombo dos alforriados,
É só eu, o mango e as esporas

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

LETRA Nilton Ferreira - Por Entender a Vida

Composição: Piero Ereno

Hoje me parei mais quieto, acalmei as ânsias e apeei da lida,
Fui me recostar à sombra pra pensar um pouco e entender a vida.
Vi que somos feito potros galopando xucros sem saber por quê:
Sempre procurando a calma em busca na alma o que se quer saber.

Todo homem morre um dia, isto eu sempre ouvi na minha mocidade,
Mas nem todo homem vive pra saber que o tempo é a felicidade...
Logo, resolvi, por ora, não pensar nas horas que deixo correr,
Pois quero perceber a vida em cada segundo que pude viver!

Já tenho alguns cabelos brancos e, apesar do tempo, vejo tudo claro:
Há homens explorando irmãos e peões que já nem são donos de seus cavalos;
Há gente que não vê que a terra pede fim às guerras num grito insistente
E outros que recebem glórias por plantar discórdia pelos continentes...

Também entendo que há pessoas que, por serem boas, se param cansadas,
Pois foi-se o tempo em que a bondade era qualidade pra ser preservada;
Há fome rondado famílias enquanto outras mesas parecem mais fartas...
E homens que ergueram seu brando findaram calados na mudez das plantas,

Então, por entender a vida nos poucos momentos que sonho acordado,
Revivo mais intensamente meu próprio presente, revendo o passado;
Guiando pela luz da aurora meus passos de agora pra longe do escuro
Procuro deixar, nas pegadas, a trilha marcada de um novo futuro!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Encontro de Pajadores em Bento Gonçalves - DIA 30 DE JANEIRO

O Encontro de Pajadores, em comemoração ao Dia do Pajador Gaúcho, passa a ser itinerante a partir deste ano. Desde antes da oficialização da data, o evento acontece em Porto Alegre há 10 anos. A partir de agora os organizadores julgam que é momento de levar ao interior do Estado o mais expressivo espetáculo de pajadas do Rio Grande do Sul.

O município de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, é o primeiro a sediar o evento, após a capital rio-grandense. Vai ser no Teatro do Sesc, bem no centro da cidade conhecida internacionalmente por realizar a Fenavinho.

Os pajadores mais conceituados do momento formam o elenco. Pedro Júnior da Fontoura, Adão Bernardes, José Estivalet, Jadir Oliveira e Paulo de Freitas Mendonça, vão contar com as guitarras de Raul Quiroga e Paulo Mello.

O Espetáculo começa às 20h30 do dia 30 de janeiro, data consagrada por lei como o Dia do Pajador Gaúcho, em homenagem ao nascimento de Jayme Caetano Braun, há 86 anos.

Além da enxurrada de versos de improviso com temas sugeridos pela platéia, o encontro vai contar com o lançamento de três obras: Pajador do Brasil - Estudo Sobre a Poesia Oral Improvisada (livro e CD) de autoria de Mendonça; Doma do Potro Sinuelo (CD), de Bernardes e Num Ar de Milongas - Poemas, Pajadas e Canções (livro), de Fontoura. Na abertura do Encontro de Pajadores acontece um espetáculo com o Grupo Americanto.

Esta edição do Encontro é uma realização da Apadeg - Associação dos Pajadores e Declamadores Gaúchos, Fundação Casa das Artes e Biblioteca Pública Castro Alves, com o apoio do Sesc e do Hotel Vinocap. Como valor do ingresso, se sugere a doação de um livro literário à biblioteca. Os livros doados podem ser usados ou novos.

Quem é o Pajador?

Pajador é o repentista que canta seus versos de improviso (pajada) com o acompanhamento de violão, normalmente em milonga. No sul do Brasil, o pajador improvisa em Décima Espinela (ABBAACCDDC) no estilo recitado com um músico de apoio.

Pajador quer dizer repentista. A origem da palavra não tem uma definição convencionada e não é espanhola, nem portuguesa. Inexiste nos dicionários clássicos de qualquer idioma, apenas nos vocabulários regionais dos países do sul da América. Há algumas hipóteses quanto a origem da palavra: alguns autores afirmam que venha de “payo” nome do primitivo habitante de Castilla, outros que seria de “pago” ou “pagueador” e outros que tenha se originado na palavra “palla”, nome dado pelos Quichuas aos grupos de índios reunidos às praças a cantar. Contudo ninguém sabe ao certo.

A grafia da palavra em espanhol é Payador e em português, Pajador, porém sua pronúncia é a mesma: PAJADOR.

O pajador foi o andejo ou gaudério que surgiu na origem do gaúcho, do gaucho e do huaso. Cruzava os campos em busca de lonjuras, quando o sul da América tinha suas fronteiras imprecisas. Até que provem o contrário, pode-se afirmar que ele esteve em terras, hoje brasileiras, do mesmo jeito e no mesmo período que em uruguaias, argentinas e chilenas.

Os pajadores brasileiros consagram Jayme Caetano Braun como referencial e, em virtude disso, o Dia do Pajador Gaúcho, 30 de janeiro, é a data de nascimento de Braun.

*Paulo de Freitas Mendonça

LANÇAMENTO NOVO CD SHANA MULLER – BRINCO DE PRINCESA

Prenda está que iniciou-se na música aos 8 anos de idade,seu primeiro album a ser lançado foi junto com o cantor Wilson Paim, já em 2004 lançou seu carreira solo com o albúm ‘Gaúcha’. Em 2006, lançou ‘Firmando o passo’, dando continuidade à proposta da mulher gaúcha. Em 2010 Shana Müller lança, pela Gravadora ACIT, ‘Brinco de princesa’. Em seu repertório milongas, chamamés, chacareras e zambas argentinas. Mostrando com certeza que a mulher gaúcha tem seu espaço garantido, sendo nas danças, campereadas e na música nativa e tradicionalista. Shana Muller tem a beleza, a força e a garra da verdadeira mulher gaúcha. Que seja bem vindo esse novo CD. E tenho dito.

LANÇAMENTO NOVO CD MAURO MORAES

Buenas, a espectativa deste album duplo é muito boa. Serão 32 sucessos da discografia deste grande interprete da musica rio-grandense. O nome dado ao album fala por si só, "Só as confirmadas". Só resta aguardar agora.
Grande quebra costela.

ENART ganha logomarca comemorativa de 25 anos.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Guasqueiro é a arte gaúcha do couro cru.



A palavra guasqueiro vem de guasca, que significa pedaço ou tira de couro cru, sendo o guasqueiro, aquele que faz trançados exclusivamente com este material.

A origem deste ofício remonta ao período de colonização espanhola e portuguesa na América do Sul, quando o “gaúcho histórico” começava a desbravar os campos do Rio Grande do Sul e dos países do Prata, caçando o gado selvagem abandonado pelos jesuítas espanhóis. Nesta época, surgia, então, o trabalho do guasqueiro, que era o de fabricar artigos de couro para montaria. Os cavaleiros aproveitavam o tempo livre em dias de chuva e em períodos de ócio entre as guerras para desenvolver complexos trançados de couro, destinados não somente para deter e guiar a sua montaria, mas também para embelezá-la.
Com a divisão dos campos em estâncias, o gaúcho tornou-se peão de campo e a atividade de guasqueiro manteve-se viva no cotidiano. Alguns passaram a se dedicar exclusivamente à profissão e a fabricar os aperos. Atualmente, com o crescimento dos criatórios de eqüinos no Estado e o renascimento do tradicionalismo, os guasqueiros reaparecem com força total.


FESTA CTG GALPAO DA SAUDADE - 18/01/10

Bueno gauchada, muchas gracias a quem alçou a perna em nosso jantar dançante..
Segue abaixo algumas fotos da turma da campeira, patronagem e convidados..
Gande quebra costela.





sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

João Luiz Corrêa critica mudança dos "tchês"



Leia a versão ampliada da entrevista com o gaiteiro e cantor João Luiz Corrêa, que publiquei na coluna Roda de Chimarrão, no Diário Gáúcho, deste final de semana:

Blog Como você vê esse terno às raízes dos grupos tchê?

João Luiz Foi copiado um estilo de música lá do nordeste, mal feito até, uma barulheira. É uma música que perdeu qualidade musical, empobreceu. É um desrespeito muito grande com os grupos antigos, como Os Mirins, Os Bertussi, Os Serranos. Na época (em que João Luiz tocava no Tchê Barbaridade) eu mudei de grupo e me deram seis meses de vida, outros mais generosos me deram dois anos nesse tipo de música (campeira).

Blog Você acha que os CTGs devem acolher esses grupos de volta?

João Luiz Eu se fosse patrão eu não aceitaria. Aquelas pessoas que crucificaram o tradicionalismo acho que esses nem mereciam botar uma bombacha de volta. É uma traição.

Blog Seria o caso do Luiz Cláudio?

João Luiz Todos os que fizeram esse lado aí. O Tchê Barbaridade fez. Compraram uma idéia ilusória. Eles fizeram um veneno que eles não conseguiram arranjar uma forma de matar esse veneno.

Blog Agora, tu também não te considera um campeiro moderno?

João Luiz Isso também não é fugir do tradicional? Não podemos parar no tempo, viver do baile de candeeiro. Se nós fôssemos de morrer abraçado na espada, deveríamos tocar hoje de gaita e de pandeiro. E a cerveja tinha que ser gelada em um buraco, como era antigamente, e não num freezer, como é hoje. A maquiagem a gente pode dar uma ajeitada. Mas não a essência.

Blog César Oliveira & Rogério Melo são campeiros como você e saíram em defesa dos tchês que querem voltar às origens. Você acha que eles estão agindo corretamente?

João Luiz Acho que não, me surpreende que eles tenham agido nessa forma. Eles vendem outra idéia.

Blog Qual o caminho, então, para um grupo tchê que não está fazendo o sucesso esperado e que, assim, pretende voltar às origens?

João Luiz Acho que eles tem que ver onde erraram e corrigir o erro. Quem sabe vai ser vendedor de baile, de show, quem sabe tocar num grupo. Mas não achar que pode brincar, tira bombacha, bota bombacha.

Fonte: Blog Roda de Chimarrão.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Final de Seca Leonel Gomez e Bragas

Na vespera do show de Leonel Gomez em Blumenau, houve um grande churrasco e por lá se encontraram o Bragas, canário dos Goela Seca e apresentador do Linha Campeira, Leonel Gomez, seus músicos.



POST TIRADO DO BLOG "LINHA CAMPEIRA"