terça-feira, 12 de maio de 2009

A VINCHA

Desde o início da colonização do território do atual Rio Grande do Sul, o lenço vem acompanhando nossa evolução tradicionalista. As tribos indígenas que habitavam nossas terras, especialmente os Charruas, Jaros e Minuanos, com cabelos compridos, usavam uma tira, fita ou Vincha, para prender suas cabeleiras. Após a chegada dos Espanhóis e Portugueses é que surgiu a moda de cortar o cabelo. Em razão dos longos cabelos que usavam, os indígenas prendiam com tiras “imbira” ou couro de pequenos animais. Já na época dos padres Missioneiros, Espanhóis passaram a usar o pano, que circundava a testa até a parte traseira do pescoço. Essa tira servia para prender os cabelos e afastá-los dos olhos, nas investidas para caçadas, disputas esportivas ou batalhas de guerra. Passaram a prender seus cabelos puxando para a parte de trás da cabeça, atando o maço entre a cabeça, à moda “cola de cavalo”. Nesse período registra-se o “Peão das Vacarias”. Ele usava tal fita prendendo os cabelos e que era chamada pelos platinos de “Vincha”. Muitos autores estão convictos de que o lenço de pescoço não surgiu como um adorno, mas sim, da evolução da Vincha, pelas circunstâncias da época. Quando no modismo de cortar os cabelos não havia mais motivos para o peão usar a tira atada à cabeça. Foi possivelmente conservada, enlaçada ao pescoço, com as pontas atiradas para trás, como até então. A Vincha como foi conhecida através dos Castelhanos, ou fita, também é de origem Índia e foi usada para evitar que o suor escorresse sobre os olhos.

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