por Tânia Du Bois
Um fator que marca a vida é a busca por desafios. Riscos são importantes para o aprendizado e a convivência em diferentes culturas.
A diferença cultural está no idioma. Um universo novo de costumes e visões. É processo de comunicação, observação e interação, para que se possam compreender outras formas culturais, que possam ser entendidas por nossa cultura.
Antonio Olinto escreveu que “Há regiões do mundo onde a cultura é poesia. Vinculadas a um idioma às vezes marginal, mantêm-se firmes e livres em seu isolamento poético, mesmo participando de outras unidades nacionais e presas a contextos civilizados geograficamente mais amplos.” Incluo a cultura gauchesca, ou gaúcha, do Rio Grande do Sul, nessa classificação, como nos apresenta Luiz de Miranda, “... O Rio Grande é meu país / A língua é meretriz / na sua doma até a raiz - / O poema fere de morte / o que em nós / a língua escuta. / E salta da página para o coração.”
Neste caso, a poesia tem lastro cultural e pode ser pura oralidade, ou escrita, que mostra o contexto de vida na força da palavra, como vínculo e significado, onde a história é versada com fluência pontilhada na tradição gaúcha.
Ao falar de diferenças culturais é necessário explicar como agir e tentar entender por que os outros fazem as coisas, da maneira como fazem. É questão de base cultural. Consideremos o que Hannah Arendt escreveu: “... o que proponho é uma reconsideração da condição humana à luz de nossas mais novas experiências... estão ao alcance de todo ser humano... a mais alta e talvez a mais pura atividade de que os homens são capazes – a atividade de pensar”.
Assim, num mesmo país, como o Brasil, por exemplo, onde se fala a mesma língua, ainda há diferenças culturais, como a gaúcha, a baiana, a paulista etc. São processos de mudanças diferentes que requerem ambições, aspirações e sonhos para desenvolver a cultura em sua totalidade. É preciso encontrar a maneira de fazer as coisas certas, como em Breves Gestos, de Pedro Du Bois, “Misturamos culturas / de lugares distantes não cruzados nos caminhos, / aprendemos com os outros, apreendidos, / não nos distinguimos como únicos, / receptivos nos doamos ao desconhecido //... / Misturamos sementes...”
“Cultura é aquilo que permanece no homem
quando ele se esqueceu de todo o resto.” (E. Henriot)
quando ele se esqueceu de todo o resto.” (E. Henriot)
Um fator que marca a vida é a busca por desafios. Riscos são importantes para o aprendizado e a convivência em diferentes culturas.
“Onde se aponte / ou se escreve pampa / leia-se: liberdade / em todo o horizonte”.
(Luiz de Miranda)
(Luiz de Miranda)
A diferença cultural está no idioma. Um universo novo de costumes e visões. É processo de comunicação, observação e interação, para que se possam compreender outras formas culturais, que possam ser entendidas por nossa cultura.
Antonio Olinto escreveu que “Há regiões do mundo onde a cultura é poesia. Vinculadas a um idioma às vezes marginal, mantêm-se firmes e livres em seu isolamento poético, mesmo participando de outras unidades nacionais e presas a contextos civilizados geograficamente mais amplos.” Incluo a cultura gauchesca, ou gaúcha, do Rio Grande do Sul, nessa classificação, como nos apresenta Luiz de Miranda, “... O Rio Grande é meu país / A língua é meretriz / na sua doma até a raiz - / O poema fere de morte / o que em nós / a língua escuta. / E salta da página para o coração.”
Neste caso, a poesia tem lastro cultural e pode ser pura oralidade, ou escrita, que mostra o contexto de vida na força da palavra, como vínculo e significado, onde a história é versada com fluência pontilhada na tradição gaúcha.
“O general Bento Gonçalves da Silva / fez a separatória república de 35 /
com bandeira / verde amarela encarnada / Escudo complicado /
Ajutório de Garibaldi dei due mondi / E o rubro barrete frígio /
Da mulher deusa Razão parisiense...” (Tyrteu Rocha Vianna)
com bandeira / verde amarela encarnada / Escudo complicado /
Ajutório de Garibaldi dei due mondi / E o rubro barrete frígio /
Da mulher deusa Razão parisiense...” (Tyrteu Rocha Vianna)
Ao falar de diferenças culturais é necessário explicar como agir e tentar entender por que os outros fazem as coisas, da maneira como fazem. É questão de base cultural. Consideremos o que Hannah Arendt escreveu: “... o que proponho é uma reconsideração da condição humana à luz de nossas mais novas experiências... estão ao alcance de todo ser humano... a mais alta e talvez a mais pura atividade de que os homens são capazes – a atividade de pensar”.
“Adeus mi’as brancas coxilhas, / Brancas de “barba de bode” /
bordadas de pinheirais! / Vejo-as cobertas de trilhas / Onde o Minuano sacode /
As espigas dos trigais.” (Ziza de Araújo Trein)
bordadas de pinheirais! / Vejo-as cobertas de trilhas / Onde o Minuano sacode /
As espigas dos trigais.” (Ziza de Araújo Trein)
Assim, num mesmo país, como o Brasil, por exemplo, onde se fala a mesma língua, ainda há diferenças culturais, como a gaúcha, a baiana, a paulista etc. São processos de mudanças diferentes que requerem ambições, aspirações e sonhos para desenvolver a cultura em sua totalidade. É preciso encontrar a maneira de fazer as coisas certas, como em Breves Gestos, de Pedro Du Bois, “Misturamos culturas / de lugares distantes não cruzados nos caminhos, / aprendemos com os outros, apreendidos, / não nos distinguimos como únicos, / receptivos nos doamos ao desconhecido //... / Misturamos sementes...”
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