segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Perdoar é humano e inclusive uma "virtude" de nós Gaúchos

Pensei em algumas palavras pra dizer acerca dessa situação e das críticas que receberam César e Rogério por dar apoio aos agora membros da Tchê Music que estão retornando ao tradicionalismo, e não consegui. Não porque não teria argumentos suficientes ou palavras que fizessem o floreio digno de uma resposta afiada à quem não tem o que fazer e usa o tradicionalismo como palanque pessoal e não como uma luta pra manter viva a chama da nossa cultura; mas porque nem o léxico da língua portuguesa ou castelhana seria suficiente pra elaborar um conceito pra derrubar uma teoria tão imbecil.

Porque somente um sujeito imbecil pode dizer que acolher alguém que se iludiu com fama e caiu num pecado que muitos de nós caímos dia após dia, seja no nosso trabalho ou na nossa vida pessoal, é ir contra qualquer estereótipo de moral. Somente um sujeito imbecil não percebe que a cada dia a nossa juventude está, gradativamente, preferindo ouvir a tchê music, vazia e inconsistente, do que ouvir o belo ponteio de uma guitarra crioula. Cada um faz suas escolhas e respeito-as, mesmo não concordando; é um direito básico do ser humano. Mas voltar as origens não é uma necessidade apenas artística e eu não vou brigar com a antropologia lutando contra isso, nem mesmo favorecê-la dizendo o quão importante é para o bem de uma sociedade. Cada um que tire as suas conclusões e estude o suficiente pra entender isso.

Quando o tropeiro se vê diante do estouro da gadaria, ele não rejeita os rebeldes. Pelo contrário, ele as tenta trazer de volta. Ou por acaso ele descarta o gado que sai campo fora tentando sorte? Seria loucura rejeitar o bom animal, que trará, a curto, médio e longo prazo bons frutos para o fim que ele se destina.

Pensem nisso.

Fonte: Blog Patria Pampa

Um comentário:

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