segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Breve Passeio pela Arte Gaúcha

Texto exclusivo da Tânia para o "Na Hora do Amargo".

Em cada email da Tânia, sempre há uma prosa rica em cultura e regionalismo, parceira que atribui ao blog um tom especial e diferenciado.

Baita regalo, valorizando os artistas que pintam a nossa gente.

Muchas gracias pela parceria.

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por Tânia Du Bois

“Sombra da obra / nova / projetada / sobre a cultura /

anterior / obscurece / engloba / transforma / ilumina”.

(Pedro Du Bois)


Em um passeio tradicional pelas amostras de artes, uma coisa chama a atenção: os quadros são lindos e poéticos. Além da beleza, eles têm a expressividade que encanta pelos sentidos e pela qualidade, refletindo culturalmente os gaúchos.

Numa amostra da arte gaúcha, na tendência marcada por questões e inquietudes sociais, entre outros artistas, destaco Maria Lídia Magliani, Soriano e Érico Santos. São chamados pela crítica especializada como “excelências, artistas da cultura”.

Eles transmitem em suas obras o retrato da alma gaúcha, dos tropeiros que se tornaram cidadãos do mundo, sem perder a essência da brasilidade.

Nas paisagens de Soriano, encontramos o sentido da revelação, em que as tintas passam a dar significado “as estâncias e fazendas”.

Em Érico Santos, particularmente, destaco a pequena grande tela intitulada “Cavaleiros”, representando em seus personagens a riqueza cultural do Rio Grande do Sul.

E Magliani, com seu “Personagem Urbano", mostra-nos a vitalidade da expressão.

Percorrer esses caminhos da arte é vivenciar e apreciar o elo criativo entre obras de períodos diversos. As imagens e as cores espreitam o momento para romper os limites, extravasando a imaginação pelo espaço e o tempo.

A presença desses artistas representa pequena amostra, como subsidio para conhecermos, por outras vias, as artes plásticas gaúcha.

Carlos Martins escreveu que “o que tudo isso reflete, evidentemente, é uma concepção de arte que não se preocupa em andar na moda – e sim em encontrar e conquistar seu próprio espaço”.

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