segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Mazááá - "11ª Sapecada" - De Sebo e Cravador na Mão

11ª Sapecada da Canção Nativa /
Lages

Intérprete: Alberto Ventura Neto

De Sebo e Cravador na Mão

Sigo esquinando o tempo
trançando meu pensamento
assobiando uma canção
fazendo tralhas campeiras
laço, corda, garroeira
e sou mestre em botão
vou buscando meu futuro
ponteando um couro duro
sempre cravador na mão
quando morre um matungo
só permanece no mundo
a louca e os garrão

Perdi meu fiel amigo
num dia de assombração
era sexta-feira santa
dia em que o galo não canta
e não se varre o galpão

Então me bate a saudade
ao ver num final de tarde
o seu coura estaquear
na carreira ou na cria
sempre me deu alegria
fico triste em lembrar
do meu baio encerado
que na costa do banhado
morreu ao escramuçar
botou as mão no buraco
quebrou o pescoço no ato
não pode mais levantar

Perdi meu fiel amigo
num dia de assombração
era sexta-feira santa
dia em que o galo não canta
e não se varre o galpão

Um comentário:

Tchê, é um prazer receber seu comentário e/ou sua crítica, fique a vontade para soltar o verbo e muito obrigado por sua participação. Forte abraço.