Lages
Intérprete: Alberto Ventura Neto
De Sebo e Cravador na Mão
Sigo esquinando o tempotrançando meu pensamento
assobiando uma canção
fazendo tralhas campeiras
laço, corda, garroeira
e sou mestre em botão
vou buscando meu futuro
ponteando um couro duro
sempre cravador na mão
quando morre um matungo
só permanece no mundo
a louca e os garrão
Perdi meu fiel amigo
num dia de assombração
era sexta-feira santa
dia em que o galo não canta
e não se varre o galpão
Então me bate a saudade
ao ver num final de tarde
o seu coura estaquear
na carreira ou na cria
sempre me deu alegria
fico triste em lembrar
do meu baio encerado
que na costa do banhado
morreu ao escramuçar
botou as mão no buraco
quebrou o pescoço no ato
não pode mais levantar
Perdi meu fiel amigo
num dia de assombração
era sexta-feira santa
dia em que o galo não canta
e não se varre o galpão
Muito bonita esta música!
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