segunda-feira, 26 de abril de 2010

Luiz Carlos Borges e o Chamamé


Luiz Carlos Borges e o chamamé, uma identificação que vem desde a infância

O compositor Luiz Carlos Borges, conta que sua identificação com o chamamé começou na infância, no interior de Santo Ângelo e São Luiz Gonzaga, e foi estimulada por seu pai, que apreciava ouvir música folclórica argentina pelo rádio. Aos seis anos, Borges decidiu que ia ser acordeonista e começou a freqüentar uma escola de música.

- Nunca esqueci aquele som ouvido no rádio. Aquilo entrou na minha cabeça e qualquer som que não fosse da costa do Rio Uruguai ou caipira eu estranhava.

Na vida de Borges, o chamamé foi motivo para duas fugas. Aos 14 anos, pela primeira vez, cruzou o Rio Uruguai sozinho para assistir a um festival de chamamé em Santo Tomé, na fronteira com São Borja. Dois anos depois, também como "fugitivo", foi ao festival de San Inácio, na Argentina, onde um amigo o apresentou para o acordeonista Ernesto Montiel, um dos mitos sagrados do chamamé argentino. O encontro marcaria para sempre sua vida artística:

- Naquela época, eu sabia tocar uns 400 chamamés e lembro que toquei um para o Montiel. Ao final da execução, ele disse: "Este brasileiro está autorizado a tocar chamamé".

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UM POUCO MAIS SOBRE LUIZ CARLOS BORGES:

Nascido em na cidade de Santo Ângelo no dia 25 de março de 1953, é instrumentista, compositor e intérprete, vem sendo considerado um dos principais nomes da música regional do Rio Grande do Sul, participou e venceu diversos festivais.

Luiz Carlos Borges seguiu carreira alicerçando seus conhecimentos no Curso Superior de Música. Em 1980, formou-se em música pela Universidade Federal de Santa Maria e assumiu a direção do Centro Cultural Municipal e Biblioteca Pública daquela cidade. Ainda em 1980, gravou seu primeiro LP individual "Tropa de Osso", em 1982 gravou seu segundo LP individual, chamado "Noites, Penas e Guitarra".


Teve a honra de participar do último album da cantora "Mercedes Sosa" lançado em 2009, alguns meses antes de sua morte. O album leva o nume de "Cantora" e a faixa da parceria chama-se "Misionera".

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