segunda-feira, 19 de abril de 2010

QUEM CONTA UM CONTO, AUMENTA UM PONTO

Bueno, nada melhor que começar a semana abrindo a caixa preta e recebendo por email mais uma colaboração da Tânia para o blog, o regalo de hoje é em homenagem ao Dia Nacional do Livro Infantil, comemorado ontem dia 18 de abril. Grande abraço parceira.

por Tânia Du Bois


A cena é familiar, a roda de chimarrão e o grupo contando causos para as crianças. Literatura de tradição oral, contos antigos, sendo transmitidos para as novas gerações.

Um processo enriquecedor e produtivo, onde as crianças aprendem a conhecer, a ser, a conviver e a ler; ou seja, abrir um livro para estimular a imaginação e a criatividade, para que possam explorar novos sentidos e significados.

Repensar poeticamente, semeando crenças e tradições para as crianças, retratando a condição e as manifestações culturais em busca das raízes, para serem reconhecidas como a época de períodos histórico-literários, que permanecem em obra.

É trajetória com muitas curiosidades sobre causos contados por nossos pais, amigos e escritores, mapeando de modo instigante a presença e a relevância do nosso folclore. Fruto da imaginação dos homens do passado, que gostavam de contar histórias. Essa é a atitude movida pela inquietação que posteriormente é encontrada nos livros – trata-se de reflexão sobre o significado dos causos da vida dando especial sabor à leitura.

Histórias de um povo, na preocupação em transmitir às crianças suas lendas, canções e costumes; herança que passa para os livros e fica ao alcance de todos os olhares.

Destaco uma lenda muito popular no Rio Grande do Sul, “O Negrinho do Pastoreio”, descrita por Simões Lopes Neto no seu livro “Contos Gauchescos & Lendas do Sul”. Lenda que desafia o pequeno leitor, por que traduz as crenças como mistério e, para as crianças, o mistério resiste, porque elas estabelecem um novo olhar sobre as questões culturais, motivado pela curiosidade e desejo em desvendá-los.

Nos momentos em que as histórias são lidas e contadas, há magia no ar e um encantamento, que só a imaginação consegue ao contar um conto, aumentar um ponto.

3 comentários:

  1. Parabéns pelo texto e pela lembrança do dia do Livro Infantil. Se todos soubessem a importância do livro infantil na formação de novos leitores, ele seria mais incentivado. Júlia e Luísa mandam beijos literários para a vovó.

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  2. Tânia,
    Excelente o teu artigo. Foi na roda do mate, nos galpões da Cruzinha e do meu São Bento, em Carazinho,que me apaixonei pelos causos gauchescos e pelos versos gaudérios que ali ouvia nos meus tempos de guri.
    Um grande abraço.
    IGdeOl.

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  3. É, bem posso ver a imagem futura de uma certa moreninha que toma chimarrão, ouvindo causos. Quem sabe não sejas tu a contadora? Com três guriazinhas a te cercarem, dava um belo quadro. ;)

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