terça-feira, 20 de abril de 2010

Prosa dos Lenços

"O nosso lenço campeiro, traz cheiro de campo e céu
Aquerenciou no gaúcho, entre a bombacha e o chapéu
Um gaúcho bem pilchado, estampa a simplicidade
Mas sem lenço no pescoço, perde sua identidade"

Hoje em dia muita gente que se diz ser tradicionalista nem lenço não usa mais, há muitos artistas que servem como mal exemplo e inclusive estão sempre na mídia regional, mas que tal o "Grupo Rodeio" fazendo shows... Com a bandeira do Rio Grande do Sul estampada nas costas mas sem guaiaca e sem lenço, uma vergonha.

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PROSA DOS LENÇOS

O nosso lenço campeiro, velho parceiro de luta
Simboliza as tradições, dos tempos da vida bruta
É uma herança partidária, que campeou seu ideal
Testemunho da história, desse Rio Grande bagual

O meu lenço foi tingido, com sangue dos farroupilhas
Peleou dez anos a fio, nas mais sangrentas guerrilhas
Hostentando a valentia da nossa raça caudilha
Implantou a liberdade no lombo dessas coxilhas

Meu lenço republicano, nasceu branco castilhista
Foi um bravo nas peleias, foi soberbo na conquista
Governou a ferro e fogo com norma positivista
Não cedendo as maragatos o poder federalista

O meu lenço maragato, liberal federalsita
Em 93 foi guerreiro, foi tribuna ativista
Peleou contra o lenço branco dos pica-paus legalistas
E se fez libertador combatendo os castilhistas

O nosso lenço campeiro, traz cheiro de campo e céu
Aquerenciou no gaúcho, entre a bombacha e o chapéu
Um gaúcho bem pilchado, estampa a simplicidade
Mais sem lenço no pescoço, perde sua identidade
Trêmulando aos quatro ventos, o lenço se fez canção
Se expandiu Brasil afora, é gaúcho em qualquer chão

O nosso lenço campeiro, velho parceiro de luta
Simboliza as tradições, dos tempos da vida bruta
É uma herança partidária, que campeou seu ideal
Testemunho da história, desse Rio Grande bagual

Meu lenço branco borgista, governou mais uma vez
Me batizaram chimango nas urnas de 23
Com temor de Assis Brasil o maragato caudilho
Meu lenço se fez história, passando de pai pra filho


Meu lenço cinza xadrez, o carijó companheiro
Nunca foi politiqueiro e nem provocava alvoroço
Mais conforme o vento vai, não fica comprometido
Não faz parte de partido e nem escolhe pescoço

Lenço vermelho é maragato
Lenço branco é chimango
O preto é muito respeito, este não vai a fandango
É gaúcho igual aos outros, de bombacha espora e mango
Procedência castelhana lá da provincia do mango

O nosso lenço campeiro, traz cheiro de campo e céu
Aquerenciou no gaúcho, entre a bombacha e o chapéu
Um gaúcho bem pilchado, estampa a simplicidade
Mas sem lenço no pescoço, perde sua identidade
Trêmulando aos quatro ventos, o lenço se fez canção
Se expandiu Brasil afora, é gaúcho em qualquer chão

" OS LENÇOS SE ENTRELAÇARAM, FAZENDO A PÁTRIA TREMER,
A CAVALO ELES LEVARAM GETÚLIO VARGAS AO PODER"

Regalo: Os Monarcas

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