por Wianey Carlet
A rabugice está no meu DNA. Sou do tipo resmunguento que reclama até diante do espelho. Porém, alguma situações estão imunizadas contra a minha chatice. Entre elas, o frio. Ah, atravesso nove meses do ano contando os dias para a chegada do inverno. Recebo o Minuano na cara como uma carícia da natureza. Granizo me remete às brincadeiras de infância. Chuva gelada me excita, acreditem. E se houver neve, irrompe-me inigualável orgasmo existencial. Sinto saudade da terra erguida pela geada. O ruído das botas quebrando o gelo me soam como divinal cantoria de anjas. Se forem loiras, melhor ainda. No extremo oposto estão os sentimentos que me provoca o calor. Se pudesse, mergulharia em sono profundo durante o verão inteiro. Acordaria quando o outono já desnudasse as árvores, preparando a chegada da estação fria.
Não se degusta um bom foundue com calor. Uma fumegante sopa de capeletti só se admite a menos de 5ºC. E que venha, depois, um pecaminosos rodízio de massas. E ainda nem falei de sexo sem transpiração, incomparável delícia. Me apontem algo mais prazeroso do que o convívio carnal sob o edredom. Duvido. Alguém falou em feijoada com amigos, regada a taças inebriantes de bom vinho? É o paraíso, é o céu...
Se me fosse dado escolher, renasceria na pele de um animal, seria um urso polar, rabiscando pegadas no gelo na busca por saborosos salmões. Gosto tanto do inverno que costumo ligar o ventilador, voltado para a cama. O vento que desliza pelos cobertores ativa-me a sensação de conforto. Até ver House na televisão é mais agradável quando faz muito frio. Fora do edredom, apenas do nariz para cima. Ah, e os dedos da mão segurando o controle remoto.
Por isso, permitam-me viver com toda a intensidade esta paixão invernal. Que ela não seja traída por calores estemporâneos. E a primavera não seja avara e ceda ao frio um pedaço do seu tempo.
A rabugice está no meu DNA. Sou do tipo resmunguento que reclama até diante do espelho. Porém, alguma situações estão imunizadas contra a minha chatice. Entre elas, o frio. Ah, atravesso nove meses do ano contando os dias para a chegada do inverno. Recebo o Minuano na cara como uma carícia da natureza. Granizo me remete às brincadeiras de infância. Chuva gelada me excita, acreditem. E se houver neve, irrompe-me inigualável orgasmo existencial. Sinto saudade da terra erguida pela geada. O ruído das botas quebrando o gelo me soam como divinal cantoria de anjas. Se forem loiras, melhor ainda. No extremo oposto estão os sentimentos que me provoca o calor. Se pudesse, mergulharia em sono profundo durante o verão inteiro. Acordaria quando o outono já desnudasse as árvores, preparando a chegada da estação fria.
Não se degusta um bom foundue com calor. Uma fumegante sopa de capeletti só se admite a menos de 5ºC. E que venha, depois, um pecaminosos rodízio de massas. E ainda nem falei de sexo sem transpiração, incomparável delícia. Me apontem algo mais prazeroso do que o convívio carnal sob o edredom. Duvido. Alguém falou em feijoada com amigos, regada a taças inebriantes de bom vinho? É o paraíso, é o céu...
Se me fosse dado escolher, renasceria na pele de um animal, seria um urso polar, rabiscando pegadas no gelo na busca por saborosos salmões. Gosto tanto do inverno que costumo ligar o ventilador, voltado para a cama. O vento que desliza pelos cobertores ativa-me a sensação de conforto. Até ver House na televisão é mais agradável quando faz muito frio. Fora do edredom, apenas do nariz para cima. Ah, e os dedos da mão segurando o controle remoto.
Por isso, permitam-me viver com toda a intensidade esta paixão invernal. Que ela não seja traída por calores estemporâneos. E a primavera não seja avara e ceda ao frio um pedaço do seu tempo.
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