por Álvaro Machado
Forjado por guerras e conflitos de fronteiras, esse pedaço de chão brasileiro, teve sua história marcada por grandes eventos que definiram os limites territoriais do Brasil e as características de seu povo. Terra que já foi espanhola e que com a chegada dos Jesuítas viu surgir o que chamamos de “Terra sem males”, uma concepção sócio-religiosa na catequização e organização social dos índios guaranis, formando os sete povos das missões.
Essa terra conhecida como “Fronteira Quente” no século XIX, abriu seus caminhos para luso-brasileiros, hispânicos e açorianos, alemães e italianos. A marca do gaúcho que ainda hoje se faz presente, se expressa no que se define como identidade cultural do povo do Rio Grande do Sul, semelhante em muitos aspectos aos “gauchos” do Uruguai e da Argentina, forjados pelo mesmo cenário do pampa, amplo, verdejante e quase sem limites do olhar e que criou a característica sociocultural do que podemos chamar como “Mundo Gaucho”.
A figura tradicional do gaúcho chamada por muitos de “Centauro dos Pampas” por sua ligação direta com o cavalo criou um novo brasileiro. Diferente, mas sem deixar de ser brasileiro.
Mas outros gaúchos estavam para ser formados. A imigração alemã, iniciada em 1824 estabeleceu colônias próximas a Porto Alegre, na Feitoria de São Leopoldo, no Vale do Rio dos Sinos. Seus costumes, danças, culinária, língua e a característica do povo, criaram um gaúcho diferente ainda hoje encontrado nas cidades com grande influência dos imigrantes alemães e expressa nas festas, na arquitetura e culinária típica.
Logo depois vieram os italianos, em especial da região do Vêneto a partir de 1875. Muitas histórias os imigrantes italianos têm para contar, transformando as terras altas de difícil acesso, com mato fechado e cheio de surpresas, em cidades ricas, produtivas e organizadas como Garibaldi, Bento Gonçalves e Caxias do Sul, cultivando vinhedos e produzindo vinhos de qualidade internacional.
Os africanos chegaram como escravos, trabalhando nas charqueadas e em locais urbanos, como residências e comércio. Sua herança ainda hoje se faz presente, seja na assimilação de palavras próprias de seus dialetos, seja na manifestação religiosa ou nas demonstrações de sua cultura. Negros que já cruzavam essas terras como soldados da Coroa e que ao lado dos farrapos escreveram um dos mais marcantes episódios da revolução farroupilha.
Mas como é fértil e generosa essa terra, ela abre suas porteiras para árabes, austríacos, belgas, coreanos, franceses, holandeses, japoneses, judeus, poloneses, suecos, suíços, tchecos e ucranianos criando um povo que tem por base o entendimento da relação pacífica, transformando-se na “Terra de Muitos Povos” e num único sentimento, o “ser gaúcho”. Afinal, somos brasileiros, mas um pouco italianos, índios, alemães, japoneses ou de qualquer origem que na história deixou suas marcas nesse chão.
Regalo: www.turismo.rs.gov.br
Forjado por guerras e conflitos de fronteiras, esse pedaço de chão brasileiro, teve sua história marcada por grandes eventos que definiram os limites territoriais do Brasil e as características de seu povo. Terra que já foi espanhola e que com a chegada dos Jesuítas viu surgir o que chamamos de “Terra sem males”, uma concepção sócio-religiosa na catequização e organização social dos índios guaranis, formando os sete povos das missões.
Essa terra conhecida como “Fronteira Quente” no século XIX, abriu seus caminhos para luso-brasileiros, hispânicos e açorianos, alemães e italianos. A marca do gaúcho que ainda hoje se faz presente, se expressa no que se define como identidade cultural do povo do Rio Grande do Sul, semelhante em muitos aspectos aos “gauchos” do Uruguai e da Argentina, forjados pelo mesmo cenário do pampa, amplo, verdejante e quase sem limites do olhar e que criou a característica sociocultural do que podemos chamar como “Mundo Gaucho”.
A figura tradicional do gaúcho chamada por muitos de “Centauro dos Pampas” por sua ligação direta com o cavalo criou um novo brasileiro. Diferente, mas sem deixar de ser brasileiro.
Mas outros gaúchos estavam para ser formados. A imigração alemã, iniciada em 1824 estabeleceu colônias próximas a Porto Alegre, na Feitoria de São Leopoldo, no Vale do Rio dos Sinos. Seus costumes, danças, culinária, língua e a característica do povo, criaram um gaúcho diferente ainda hoje encontrado nas cidades com grande influência dos imigrantes alemães e expressa nas festas, na arquitetura e culinária típica.
Logo depois vieram os italianos, em especial da região do Vêneto a partir de 1875. Muitas histórias os imigrantes italianos têm para contar, transformando as terras altas de difícil acesso, com mato fechado e cheio de surpresas, em cidades ricas, produtivas e organizadas como Garibaldi, Bento Gonçalves e Caxias do Sul, cultivando vinhedos e produzindo vinhos de qualidade internacional.
Os africanos chegaram como escravos, trabalhando nas charqueadas e em locais urbanos, como residências e comércio. Sua herança ainda hoje se faz presente, seja na assimilação de palavras próprias de seus dialetos, seja na manifestação religiosa ou nas demonstrações de sua cultura. Negros que já cruzavam essas terras como soldados da Coroa e que ao lado dos farrapos escreveram um dos mais marcantes episódios da revolução farroupilha.
Mas como é fértil e generosa essa terra, ela abre suas porteiras para árabes, austríacos, belgas, coreanos, franceses, holandeses, japoneses, judeus, poloneses, suecos, suíços, tchecos e ucranianos criando um povo que tem por base o entendimento da relação pacífica, transformando-se na “Terra de Muitos Povos” e num único sentimento, o “ser gaúcho”. Afinal, somos brasileiros, mas um pouco italianos, índios, alemães, japoneses ou de qualquer origem que na história deixou suas marcas nesse chão.
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