por Henrique Fernandes
“ Foi regalo de um padrinho
Meu sombreiro requintado
Que repousa pendurado
Bem do lado das esporas
Quantas lidas campo a fora
Foste o limite do céu
Vou cantando o meu chapéu
Contraponteando as auroras...”
Copa baixa fronteiriça
De piazito se acentou,
Depois tapeado ficou
Qual um potro destapado
Barbicacho sempre atado
Que no queixo se afirmava
Quando o vento assoviava
Bordoneando o alambrado
Já mocito, anos depois
Tropeava mulas alçadas,
E no fundão da invernada
Firmei copa de tropeiro
Uma ponta, quatro esteios
Escoa água entaipada,
Com a aba desabada
Bem num estilo campeiro.
Reflete o negro da noite
Meu velho amigo das lidas.
Espelho da minha vida,
Dos repechos mais torenas,
E o tirrim das nazarenas
Pacholiando nas carreiras
Numa estampa domingueira
Arrucinando os vetena.
Perdi a conta dos tentos
Que o barbicacho afroxo,
Mais de um arrebento,
Mas meu bilonga sotretra.
Não enverga, nem rebenta,
Qual palanque bem socado,
Chapeuzito desabado
Que a todo tirão agüenta.
Hoje repousa num gancho
Carcomido, desbotado
Negro pardo, alabunado,
Meu chapéu perdeu a cor,
Mas não perdeu o valor,
Será sempre meu regalo
Pois quando to a cavalo
Destapo meu sombreador...
OBS.: Letra interpretada por Cristiano Quevedo na 23ª Moenda da Canção / Santo Antônio da Patrulha.
“ Foi regalo de um padrinho
Meu sombreiro requintado
Que repousa pendurado
Bem do lado das esporas
Quantas lidas campo a fora
Foste o limite do céu
Vou cantando o meu chapéu
Contraponteando as auroras...”
Copa baixa fronteiriça
De piazito se acentou,
Depois tapeado ficou
Qual um potro destapado
Barbicacho sempre atado
Que no queixo se afirmava
Quando o vento assoviava
Bordoneando o alambrado
Já mocito, anos depois
Tropeava mulas alçadas,
E no fundão da invernada
Firmei copa de tropeiro
Uma ponta, quatro esteios
Escoa água entaipada,
Com a aba desabada
Bem num estilo campeiro.
Reflete o negro da noite
Meu velho amigo das lidas.
Espelho da minha vida,
Dos repechos mais torenas,
E o tirrim das nazarenas
Pacholiando nas carreiras
Numa estampa domingueira
Arrucinando os vetena.
Perdi a conta dos tentos
Que o barbicacho afroxo,
Mais de um arrebento,
Mas meu bilonga sotretra.
Não enverga, nem rebenta,
Qual palanque bem socado,
Chapeuzito desabado
Que a todo tirão agüenta.
Hoje repousa num gancho
Carcomido, desbotado
Negro pardo, alabunado,
Meu chapéu perdeu a cor,
Mas não perdeu o valor,
Será sempre meu regalo
Pois quando to a cavalo
Destapo meu sombreador...
OBS.: Letra interpretada por Cristiano Quevedo na 23ª Moenda da Canção / Santo Antônio da Patrulha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Tchê, é um prazer receber seu comentário e/ou sua crítica, fique a vontade para soltar o verbo e muito obrigado por sua participação. Forte abraço.