POESIA: Marca de Taura

Quem sou eu? Sou gaúcho, de ideais e bons pensamentos, a arte eu trago nos tentos. Aprendi desde menino; domando potro ao destino, gineteando sem embargo ou cavalgando a trote largo, pelas coxilhas do Rio Grande, sou a semente, que se expande. Quem eu sou? Sou Leônidas Camargo.

Leônidas Camargo é poeta de Passo Fundo e vem lançando seu segundo livro titulado como "Domando Rimas". Para adquirir a obra o email é ad-02940029@quebarato.com.br e o preço é de R$ 12,00.

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Marca de Taura
por Leônidas Camargo

Eu me criei no lombo de potro;
Domando bagual aporriado,
Pulei cerca de aramado.
E agüentei, firme, o repuxo.
Queimei o último cartucho,
E não fugi da peleia.
Pois, dentro das minhas veias
Corre um sangue de gaúcho.

Eu me criei meio teatino;
Camperiando, campo afora,
Riscando o potro de espora.
Jamais cai, de algum pealo.
Hoje, sinto nas mãos os calos
Da minha vida campeira.
Marquei as minhas fronteiras,
Nas patas do meu cavalo.

No xucro lombo da vida
Eu cai algum tombo,
Foi duro este rombo.
Eu senti o sofrenaço.
Foi o xucro manotaço,
Deste mundo mal domado.
Na brasa, fui temperado.
Para ser de puro aço.

Na brasa, fui temperado,
No calor de um fogão.
No lombo de redomao,
Pulei cerca e valeta,
Não vejo a coisa preta,
E nem porteira me ataca.
Sou taura e trago a marca;
Registrada nas paletas.