sexta-feira, 18 de junho de 2010

Mazááá - Leôncio Severo - Braguetazo

A música gaúcha de origem tradicionalista parece ter origem na escola literária do parnasianismo, por sua semelhança quando canta coisas da natureza e do ambiente como: a terra, o chão, os costumes, o cavalo - e pela musicalidade, sempre buscando a rima num arranjo muito acertado com as melodias, criando entre letra, música e dramatização, uma dinâmica que rebusca origens e paixões. Vale a pena estudar este aspecto e descobrir que por outras origens históricas podemos enriquecer nossas culturas.

O estilo musical gauchesco mostra também origens fortes na música flamenca espanhola, e na música portuguesa. Os campos harmônicos bem arranjados, denotam ritmos bem elaborados e melodias com dois ou mais violões.

Com uma formação harmônica/melódica complexa, a música tradicionalista torna-se difícil de ser interpretada em alguns casos, por outros grupos ou músicos que não possuem ligação direta com a cultura gaúcha.

Visando mostrar toda essa diversidade da música regionalista no Rio Grande do Sul, vai um tango com letra pra lá de gaudéria.

Braguetazo faz parte do álbum Pátria de Campo e a autoria é de "Rogério Ávila e Leôncio Severo"

Bom proveito.

Braguetazo (vídeo)
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Braguetazo (mp3)


"A Inté por linda mirada
Deixei a preta bragada
Topete e cola aparada
Num semblante correntino
De fronte ao rancho encilhada
Donde sombreia a ramada
No pátio da flor amada
Que aquerenciei meu destino"

Deixei a preta bragada
De fronte ao rancho encilhada
D’onde bebe meu destino
Me apresentei na fachada
Prá chinita flor amada
E prá o sogro correntino

Sombrero e pala rimando
Florão da rastra alumiando
Rebenque ao cabo da faca
Bombachita corralera
Surrada pela encimera
Da mesma cor da alpargata

Buenas tardes livianito
Destes do Rincão Bonito
D’onde hay cova de touro
Pois não há jóia mais cara
Que imparde a beleza rara
Que a de um saludo de ouro

Por vaqueano é que lhes digo
Fui tomá um mate cozido
E fiz certo , assim garanto
Que nestas trancita atada
Hay muita vaca entorada
E trinta quadra de campo

Ah! morena flor de tropa
Donde minha alma se topa
E se debruça num pealo
Arrocinei a bragada
Do bico égua costeada
Pra te entregar de regalo

Meu amor eterno juro
Nem que o sol fique no escuro
Não saio do teu costado
Enquanto tivé um potrero
Garantimo os parieiro
Nem que venda todo o gado

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