por Evair Suarez Gomez
Dia desses estava estacionado no centro da cidade (Santana do Livramento), e enquanto minha esposa e filhas faziam compras fiquei observando as pessoas que por ali passavam; moças, jovens, senhoras, senhores, adultos e crianças, gente de todas as idades, classes sociais e tribos - as tão famosas tribos. Janela do carro aberta, corri o olho e deparei-me com uma turma, todos de boina bem tapeada, alguns usavam bombachas, outros bermudas, motivo pelo qual fiquei orgulhoso. Por tratar-se de até um certo número de jovens nesta roda. Ah... meus tempos... Naquele tempo não muito longínquo, poucos arriscavam sair nas ruas assim, pilchados.
Mas voltando às tribos, essa seria a minha, os da gauchada, naquela esquina existiam também outras, por se tratar de um ponto central onde diariamente vários jovens, ao final da tarde, reúnem-se ali.
Se faziam presente os moda skatistas: bermudão, tenisão com a boca bem grande, do cinto sobrando dois ou três palmos; os pagodeiros com suas camisas cavadas, correntes grandes enfeitando o pescoço, um brinco em cada orelha, bonés; também estavam os sarados com suas camisas justas, cabelo bem tratadinho com gel... Ah... sem esquecer, é claro, da velha e boa tatuagem; também encontravam-se os “emos”, estes com suas roupas pretas, seus cuturnos, seus braceletes, gargantilhas, bem a caráter...
Cada tribo do seu jeito com seus respectivos gostos, havia murmúrio de vozes, cada um falava de suas coisas, claro que sem ser indiscreto naquilo que falavam. Eu ouvia os “emos” falando de suas bandas, músicas que nem sei pronunciar até por encontrarem-se mais perto do carro me chamaram mais a atenção. Na roda ‘’dos’’ gauchada corria um mate desses bem de fronteira - o da cuia pequena - bomba de prata, normal... mas para minha surpresa, não é que chega na roda dos “emos” outro colega “emo”, mas esse trazia o quê? O quê? Isso mesmo... O velho e bueno mate- amargo, o qual passou num gesto cordial - sinal de amizade - carinho, respeito, como se passa o velho e bueno mate-amargo... E ainda falam que não são "gaudérios" e que gostam de música americanizada. Não me venham com charamuscas. Não sei no resto do Estado, mas aqui na fronteira quanto mais fogem de suas raízes, mais se deparam com ela. E isso que nem falei do churrasco.
Regalo: RadioSul.Net
Dia desses estava estacionado no centro da cidade (Santana do Livramento), e enquanto minha esposa e filhas faziam compras fiquei observando as pessoas que por ali passavam; moças, jovens, senhoras, senhores, adultos e crianças, gente de todas as idades, classes sociais e tribos - as tão famosas tribos. Janela do carro aberta, corri o olho e deparei-me com uma turma, todos de boina bem tapeada, alguns usavam bombachas, outros bermudas, motivo pelo qual fiquei orgulhoso. Por tratar-se de até um certo número de jovens nesta roda. Ah... meus tempos... Naquele tempo não muito longínquo, poucos arriscavam sair nas ruas assim, pilchados.
Mas voltando às tribos, essa seria a minha, os da gauchada, naquela esquina existiam também outras, por se tratar de um ponto central onde diariamente vários jovens, ao final da tarde, reúnem-se ali.
Se faziam presente os moda skatistas: bermudão, tenisão com a boca bem grande, do cinto sobrando dois ou três palmos; os pagodeiros com suas camisas cavadas, correntes grandes enfeitando o pescoço, um brinco em cada orelha, bonés; também estavam os sarados com suas camisas justas, cabelo bem tratadinho com gel... Ah... sem esquecer, é claro, da velha e boa tatuagem; também encontravam-se os “emos”, estes com suas roupas pretas, seus cuturnos, seus braceletes, gargantilhas, bem a caráter...
Cada tribo do seu jeito com seus respectivos gostos, havia murmúrio de vozes, cada um falava de suas coisas, claro que sem ser indiscreto naquilo que falavam. Eu ouvia os “emos” falando de suas bandas, músicas que nem sei pronunciar até por encontrarem-se mais perto do carro me chamaram mais a atenção. Na roda ‘’dos’’ gauchada corria um mate desses bem de fronteira - o da cuia pequena - bomba de prata, normal... mas para minha surpresa, não é que chega na roda dos “emos” outro colega “emo”, mas esse trazia o quê? O quê? Isso mesmo... O velho e bueno mate- amargo, o qual passou num gesto cordial - sinal de amizade - carinho, respeito, como se passa o velho e bueno mate-amargo... E ainda falam que não são "gaudérios" e que gostam de música americanizada. Não me venham com charamuscas. Não sei no resto do Estado, mas aqui na fronteira quanto mais fogem de suas raízes, mais se deparam com ela. E isso que nem falei do churrasco.
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