segunda-feira, 7 de junho de 2010

Mazááá - "18ª Sapecada" - Petrificado

O Berga pediu na rádio e eu atendi aqui no blog... mazááá

Abraço parceiro, vai ai a chamarrita que conquistou o 2º lugar na Sapecada desse ano.

18ª Sapecada da Canção Nativa /
Lages.


Letra: Lisandro Amaral
Música: Juliano Gomes
Interpretação:
Lisandro Amaral

Petrificado (video)


Petrificado (mp3)


OBS.:
Fonte normal -> CANTADA
Fonte em negrito -> DECLAMADA
- - - - - - - -
Madrugada de outros ventos
que me chega em paz de chuva
a guitarra é o mel da uva
melodiosa
poesia

Encontrei as três Marias
no olhar de um canto antigo
que teimou andar comigo
nos fogões e pulperia

Boleadeira mal forrada
ramalhada dos fogotes
Dos chasqueiros canto e trote
seguem juntos
quando apeio

Chamarriando guitarreio
num domingo de carreira
polcas, chotes e rancheiras
que desceram dos arreios

Ficou estendido pra os que
vieram comigo um poncho de luz
petrificadas escritas
no pergaminho das horas
que nos fizeram cantar

Petrificado o olhar benzido
de sanga buena ou de um
lagoão de esperança da face
tataraneta de um guri
cerne empedrado

E segue o tempo acampado
com pedras pelo caminho
talvez nas flores do espinho
eu mantenha um canto antigo

Vai teimar morrer comigo

petrificando a memória
de quem respeita sua história
igual a taipa empedrada
que mesmo pedra nos guarda
alegria molhada no
seminal da poesia

Pra se tornar melodia
quando apeio um canto antigo
que teima em viver comigo
nos fogões e pulperia

Mão imita cor do poncho
encarnado, chiripá
franjas sujas de roçar
no suor da cavalhada
que antecedem carreiradas
e os feitiços perfumados
tropas, geres e alambrados
no sem fim de uma invernada

Mangueirão de pedra moura
é meu corpo nesses ventos
cerne duro contra o tempo
petrificado em poesia

Ensilhando a qualquer dia
e apeiando um canto antigo
que teimou morrer comigo
nos fogões e pulperia

Ficou estendido para os que
vieram comigo um poncho de luz
petrificadas escritas
no pergaminho das horas
que nos fizeram cantar

2 comentários:

  1. Essa música é mtt linda *o*

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  2. Verdade, o Lisandro se identifica em cada interpretação que faz, canta a alma e o coração.
    Abraço.

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